O mestre yogi indiano Baba Ramdev deu início no sábado a uma greve de fome para protestar contra a corrupção na Índia. Esse movimento recebeu o nome de “Satyagraha contra a corrupção”. Satyagraha é o uso da não violência para conseguir mudanças sociais.
O ato deveria ser acompanhado por milhares de seguidores do guru em Nova Délhi, mas um dia após o início do protesto o Partido do Congresso ordenou que a polícia acabasse com a manifestação. Usando gás lacrimogêneo, os policiais dispersaram os manifestantes e levaram Baba Ramdev de volta ao Estado de Uttaranchal, onde fica seu ashram, próximo à cidade de Haridwar. Segundo informações do governo indiano, 39 civis e 23 policiais ficaram feridos no conflito.
Ramdev havia anunciado o início da greve, mas na semana passada se reuniu com governantes. O guru chegou a concordar com as propostas, mas depois que o governo anunciou que haviam chegado a um acordo, Ramdev resolveu seguir com a greve. O Partido do Congresso temia que o ato causasse uma crise política, e chegou a acusar Swami Ramdev de tentar deliberadamente provocar problemas, afirmando que ele está ligado a grupos hindus de extrema direita ligados ao terrorismo. Ramdev atinge 30 milhões de pessoas com suas aulas de Yoga na TV e seu império chega a 40 milhões de dólares.
O guru defende a extensão da pena de morte para condenados por corrupção, além de exigir melhoras para a população carente da Índia. Há meses, o Governo de Délhi está envolvido em escândalos de corrupção. O mais comentado de todos é a possível venda fraudulenta de licenças de telecomunicação que teriam roubado o Tesouro indiano em cerca de 40 bilhões de dólares.
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